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Pesquisa do IPEA traça um panorama dos sindicatos

23 January 2017
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Postado por : José Lazaro de Sá

A maioria das representações está na área urbana, mas a taxa de filiação é maior em regiões rurais

 

O Brasil possui, atualmente, 16.491 organizações de representação dos interesses econômicos e profissionais, sendo 5.251 de empregadores e 11.240 de empregados. Os sindicatos de trabalhadores são 10.817. Esses dados são reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e estão disponíveis no texto escrito por André Gambier Campos: Sindicatos no Brasil: o que esperar no futuro próximo?. No estudo, além de discutir a vastidão dessas organizações, o autor faz um comparação internacional e aponta as fragilidades das instituições.

 

A maior parte dos sindicatos de trabalhadores (73,8%) encontra-se na área urbana, e as regiões que mais concentram esse tipo de representação são a Sudeste (33,1%), a Nordeste (27,0%) e a Sul (23,8%). A maioria das instituições são dedicadas aos trabalhadores privados (43,4%), enquanto 17,4% têm como filiados os empregados públicos.

 

Porém, apesar da grande quantidade de órgãos representantes de trabalhadores, o sistema passa por problemas estruturais na organização e, provavelmente, em sua ação, ressalta Campos: "Não menos que 80,4% dos sindicatos têm sua base em um município ou em um pequeno número de municípios. Portanto, a maioria dos sindicatos tem uma base local e restrita, o que é uma evidência de seus possíveis limites em representar e defender os trabalhadores".

 

Perfil do sindicalizado

 

Os sindicatos brasileiros, diferentemente do que ocorre em outros países, representam todos os trabalhadores – sindicalizados ou não. Ou seja, os 10,8 mil sindicatos têm o direito de falar e agir em nome de 107,2 milhões de trabalhadores.

 

Apesar de a maioria dessas instituições estarem localizadas em áreas urbanas, o estudo mostra que a taxa de filiação é maior entre os trabalhadores rurais – 22,7%, enquanto os urbanos são 15%. Considerando-se apenas os trabalhadores urbanos, a filiação é maior entre os empregados públicos (36,8%) e empregados privados registrados (20,3%). Os trabalhadores por conta própria estão em menor quantidade (11,8%) e os privados não registados são minoria: apenas 6,2% fazem parte de sindicatos.

 

Leia o estudo completo Sindicatos no Brasil: o que esperar no futuro próximo? 

 

Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

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